Presença Urbana do Design

Movimentos artísticos Contemporâneos

15/01/2009

Introdução

Sendo um factor de elevada importância, o design apresenta-se como uma das características básicas do Homem e como determinante essencial da qualidade de vida, afectando o quotidiano da sociedade de diversas civilizações e proporcionando, ao mesmo tempo, um intercâmbio cultural entre os diversos centros urbanos.

São várias e diferenciadas as culturas ou ideologias das entidades urbanas existentes e como tal, o design, respondendo ao princípio básico da adequação e resposta às necessidades de um produto específico e para um determinado contexto, vai adquirir características diferenciadas, servindo em muitos casos como ícone distintivo da identidade de uma cidade.

A cidade é hoje uma área de estudo onde se manifestam problemas contemporâneos a que o desenho não pode ser alheio, resultando em várias dicotomias como a centralidade-acessibilidade, intensidade-densidade, identidade-diverdidade. Torna-se cada vez mais evidente a necessidade de começar o desenho da entidade urbana pelo desenho do Espaço Publico, servindo assim como uma matriz inicial da urbanização e não apenas como uma forma de “embelezamento” da mesma.

Objectivos:

Como objectivo científico do trabalho é pretendido, então, constatar em que medida o design está presente no meio urbano, o seu valor e importância, com que objectivo é concebido e o que significa aos olhos de quem o vê. Relacionar também o design presente nas cidades com o estilo de vida e ideologias da sociedade dessas cidades e assim comparar as diferenças de estilos, a nível formal e simbólico, do design de vários centros urbanísticos.

Os objectivos pedagógicos consistem em salientar a importância do design no meio urbano e chamar a atenção para a necessidade de adequação|adaptação dos equipamentos públicos às questões culturais, sociais, físicas e à própria identidade urbana.

Ao sector da fisionomia urbana que compreende todo o equipamento que torna possível a vida urbana nos espaços não edificados – ruas, largos, praças, jardins – de modo a facilitar ou a disciplinar a vida no exterior, designa-se habitualmente por mobiliário ou equipamento urbano.

Praticamente, desde que os homens se agregam em povoados, houve a necessidade de os equipar e se rodearem com elementos de utilidade colectiva para protecção, conforto ou disciplina que pertencem a esse “mobiliário”, desde paliçadas ou muralhas, arruamentos, escadas e rampas, fontes, terreiros até jardins, lagos, bancos, candeeiros, postes, ou os marcos simbólicos destinados a enaltecer e identificar honrarias, ruas, privilégios e aspirações religiosas, ou a recordar factos e homens dignos de recordação.

Com a revolução industrial e a descoberta e desenvolvimento de novas fontes de energia, o afluxo às cidades, tal como o seu ritmo aumentaram, obrigando à ampliação e aperfeiçoamento dos serviços colectivos. A indústria concentrou-se em consolar as novas necessidades: caminhos-de-ferro, iluminação pública, material sanitário, material de informação, etc.

Foi, assim, o progresso da técnica o factor que maiores alterações introduziu no panorama tradicional dos serviços, facultando e escoltando o veloz crescimento das cidades.